Desde as primeiras semanas de distanciamento social, um assunto vem sendo comentado e combatido: o aumento da violência doméstica. Em contato com milhares de jovens todos os dias, o instituto Plano de Menina identificou uma outra face desse fenômeno: a solidão, a baixa auto-estima e as situações de estresse e agressão dentro de casa, sofrida por mulheres e adolescentes.  

O TikTok, principal destino para vídeos de formato curto no Brasil e no mundo, o Instituto Plano de Menina e a rapper MC Soffia, conhecida por suas letras que tratam de preconceito, racismo e machismo, se uniram nesta parceria inédita para abrir um canal onde jovens mulheres possam se sentir seguras para compartilhar suas histórias e denunciar seus agressores. Por meio de conteúdos educativos, o projeto busca informar e contribuir para que elas sejam protagonistas de suas próprias histórias.   

“Nesses tempos difíceis, meninas (e mulheres) estão mais ameaçadas do que nunca e no lugar onde deveriam se sentir completamente seguras: dentro de casa. Entendemos que a rede de apoio é fundamental e, para fazer a diferença, encontramos no TikTok a plataforma perfeita, pois conversa diretamente com elas”, diz Vivi Duarte, fundadora do instituto.  

Em parceria com a rapper MC Soffia, com a Major Denice Santiago, Comandante da Polícia Militar da Bahia e idealizadora da Ronda Maria da Penha e com Luciana Temer, do Instituto Liberta, o movimento irá promover ações feitas sob medida e com a parceria do aplicativo TikTok, em três frentes: conteúdo educativo, desafios e lives

“O TikTok é uma plataforma positiva e inclusiva, que promove um forte senso de comunidade e pertencimento e, neste momento sem precedentes, cada vez mais as famílias estão recorrendo a aplicativos online para se manterem informadas e conectadas. O TikTok tem sido um lugar seguro para a comunidade, que vêm crescendo e mostrando compaixão, força e solidariedade”, explica Rodrigo Barbosa, gerente de Comunidade do TikTok.   

Conteúdo educativo 

Nos canais do Plano de Menina, os principais trechos das lives são a base de conteúdo educativo sobre o combate à violência contra as meninas, com consultoria da Major Denice Santiago. 

“Vamos aprender a identificar se uma amiga pode estar em uma situação de violência e ligar o alerta, a estarmos próximas, a não julgar. Isso pode salvar vidas”, comenta Denice. 

Ela também reforça a importância de campanhas de conscientização. “A violência doméstica é um problema cultural. Nossa cultura permite que esses casos aconteçam. E cultura só se muda com educação”

Desafio #EuLigoPraEla  

Os desafios são o maior fenômeno no TikTok. No challenge #EuLigoPraEla, MC Soffia compôs uma música em que convida as participantes a marcarem suas amigas mais próximas e a não perder o contato durante este período atípico. 

No final, ela revela: se uma amiga estiver em perigo, eu também ligo pra ela, divulgando o número 180 para consulta em situações de violência. Além de incentivar a rede de apoio entre as meninas, a ideia é chamar atenção para um fato pouco conhecido: a ligação para o 180 pode ser feito por terceiros e de forma anônima. 

Lives 

A campanha também inaugura um novo recurso do aplicativo TikTok: as lives onde duas pessoas podem conversar simultaneamente. Serão três papos sobre a importância de fazer planos para o futuro, mesmo durante a pandemia, como ser rede de apoio e cuidar das amigas e também o que pode ser feito em casos de violência doméstica. 

Agenda das lives no canal @planodemeninaoficial no TikTok: 

17/06 | 18h 

Toda menina tem um plano  

Com MC Soffia e Julia Teodoro

18/06 | 18h 

Como ser rede de apoio para as amigas?  

Com Major Denice e Larissa Magrisso 

19/06 | 18h 

As muitas violências: como oferecer e pedir ajuda

Com Vivi Duarte e Luciana Temer (Instituto Liberta) 

Ficha Técnica 

Estratégia: Vivi Duarte, Kelly Baptista e Andrea Assef 

Criação: Larissa Magrisso, MC Soffia e Ritinha de Cássia 

Consultoria: Major Denice Santiago e Luciana Temer 

Produtora de Áudio: Tentáculo


Sobre o Plano de Menina 

O Instituto Plano de Menina atua desde 2016 no enfrentamento da desigualdade social e empoderamento de meninas periféricas no Brasil e já impactou diretamente 2 mil jovens. Por meio de workshops e capacitação de habilidades técnicas e emocionais, desenvolve as potências de meninas que nascem sem privilégios e contribui para que elas sejam donas de suas histórias, conectando-as a oportunidades de estudo e emprego em grandes empresas. O objetivo é que meninas sigam nos estudos, não se casem cedo e nem engravidem na adolescência - reproduzindo padrões familiares.